Programa paroquial

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A tentação...

Ao começar o tempo da Quaresma, o primeiro Domingo coloca-nos sempre diante de Jesus no deserto onde foi tentado. Este ano, com São Marcos, é uma breve passagem, sem a descrição de Mateus ou de Lucas. Logo após a voz vinda do céu, que Jesus escuta ao sair das águas do baptismo, «Tu és o meu Filho muito amado...», Ele é impelido para o deserto onde vive a necessidade de optar perante as atraentes possibilidades que são sempre as tentações... O tempo de deserto, vivido como concretização do tempo messiânico (onde o convívio com os animais selvagens e o serviço dos anjos são sinal de um novo Paraíso que Ele realiza já), é um tempo de encontro, com o Pai e com a missão que assume, e que se transforma numa Boa Notícia, aquela que Ele de imediato começa a anunciar.

Começar este tempo com este texto faz-nos sempre olhar a realidade da nossa vida de filhos, baptizados, muito amados do Pai. Vencer a tentação é uma luta constante que temos também nós para travar, mas não apenas com um esforço ascético de fazer bem todas as coisas, mas essencialmente de compreender a Boa Notícia de um Amor que acolhemos e que nos faz olhar a vida como peregrinos da Eternidade que a ressurreição de Jesus já nos faz saborear...

Os textos deste Domingo podem ser vistos AQUI, e um comentário AQUI.

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Tempo de Quaresma

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O homem de pé

Por uma vez, Jesus cura um homem que não disse uma palavra, nem sequer a palavra da fé. Jesus contenta-Se com a fé dos quatro transportadores do paralítico que não se deixam intimidar pela multidão. Eles não raciocinam, agem. E diante da sua fé, Jesus anuncia aquilo para que veio: libertar o homem do pecado. Os escribas, esses raciocinam, mas o seu pensamento procura acusar, os seus olhos estão cegos, não vêem que Jesus é o enviado de Deus. Jesus afirma que se Ele faz milagres curando os corpos, é para revelar a salvação do homem. Ora, a salvação consiste em ver o homem de pé na totalidade da sua pessoa, no seu corpo e no seu coração. O paralítico, enfim, pode ter um acto livre, levanta-se, toma o seu catre e sai. Nem uma palavra, mas um gesto que permite à multidão dar glória a Deus, porque Deus, que acaba de perdoar os pecados do paralítico, o põe a caminhar.


Jesus vê as paralisias interiores que bloqueiam este homem e não propriamente a sua deficiência física. Ele vê para além das aparências, porque Ele junta o seu olhar ao olhar do seu Pai sobre o paralítico. Ele sabe que o Pai tem um olhar de amor para com ele, porque “Deus é Amor” e não pode senão amar. Jesus revela ao paralítico o amor do Pai, dando-lhe a saúde do corpo e a saúde do coração: o perdão de Deus é a palavra que salva e permite andar de novo de pé! 

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Colocar-se no lugar do outro...

A maldição que atingia os leprosos era total: mortos vivos, excluídos dos lugares habitados, proibidos do Templo e da sinagoga, impuros aos olhos dos homens mas, sobretudo, considerados impuros também aos olhos de Deus... Um deles quebra os interditos e aproxima-se de Jesus que, perturbado até às entranhas, ousa um gesto impensável: estende a mão e toca o infeliz, tornando-se Ele mesmo, imediatamente, impuro. Passa-se, então, algo de extraordinário. Realiza-se a palavra do salmista: “Senhor, viste o mal e o sofrimento, toma-os na tua mão”. Jesus toma nas suas mãos o mal e o sofrimento deste homem. Tira-o da sua lepra, liberta-o da sua exclusão, de toda a impureza. O leproso pode reencontrar a companhia dos outros e de Deus. Mas então, é Jesus que “não podia entrar abertamente numa cidade. Era obrigado a evitar os lugares habitados”. Certamente que era Ele que tinha agora de se proteger da multidão: é como se Jesus tivesse tomado o lugar do leproso.

Jesus toma sobre Ele as nossas faltas e os nossos sofrimentos, Ele toma o nosso lugar para absorver na sua pessoa e no amor do Pai todas as nossas misérias. E, ao mesmo tempo, encontramos toda a nossa dignidade de homens e de mulheres livres, de pé, capazes de entrar de novo em relação uns com os outros e, sobretudo, de nos aproximarmos de novo de Deus, sem qualquer medo.

Leituras do 6º Domingo do tempo comum AQUI.
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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Assim viveu Jesus...


São Marcos apresenta de uma forma concisa a actividade de Jesus. Começa na sinagoga, continua em casa de Pedro onde se aproxima, toma pela mão e levanta a sogra doente, ela que, recuperando da sua febre começa servir. Depois já são todos os que sofrem algum mal que estão à porta de Pedro, e toda a cidade ali presencia as curas de Jesus. E no meio de toda esta agitação de gente e do irromper da vida, que se faz silêncio: Jesus retira-se para um sítio isolado para rezar... Os discípulos quase o acusam: com toda a gente à tua procura, porquê "perder tempo" assim?! Mas esse é o tempo do essencial, do encontro com o Pai, o tempo que dá sentido a todo o outro tempo gasto na atenção às necessidades de cada um, de se aproximar de quem sofre, de pegar pela mão e de levantar para uma vida nova aqueles que necessitam de um sentido para a vida...

Assim viveu Jesus, alimentando no encontro com o Pai uma vida gasta na atenção às necessidades de cada um daqueles que com Ele se cruzaram pedido a cura, aí encontrou a força para se doar plenamente... Assim viveu Jesus, fazendo o bem, que não tem medo de se aproximar de quem sofre, de meter mão à obra, de levantar os caídos... Assim nos ensina a viver Jesus, com esse mesmo olhar de quem sabe que mesmo que muitas doenças continuem insanáveis, nenhuma pessoa é incurável: que podemos levar a cada um o cuidado que o próprio Jesus manifesta, Ele que vem para curar a nossa humanidade...

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