O amor de cada dia nos dai hoje, Senhor
«O amor de cada dia nos dai hoje, Senhor», foi a oração que D. António Marto convidou as famílias a rezar todos os dias na meditação com que iniciou o encontro com as famílias da vigararia dos Milagres, na sexta-feira, dia 21 de Fevereiro, em Santa Eufémia. Na meditação inicial, o Bispo reforçou a necessidade da oração e da espiritualidade na família: «rezar uns com os outros e rezar uns pelos outros», pois este é o caminho para criar também a harmonia familiar e o cuidado pelo outro. Neste contexto, recordou também as palavras que o Papa Francisco convidou as famílias a usar: “com licença”, “obrigado” e “desculpa”.
Ajudar o casal a crescer na fé
Após a oração e meditação inicial, a Rita e o José Carlos, um casal da equipa da Pastoral Familiar Diocesana, apresentaram a Pastoral Familiar. Partindo da afirmação de que «a saúde e coesão de uma sociedade depende da saúde e coesão das famílias» referiram que a Pastoral Familiar é o olhar materno e solícito que a Igreja lança sobre as famílias, com a finalidade de ajudar o casal a crescer na fé e adesão a Jesus Cristo. Reforçaram a necessidade das comunidades terem estruturadas as equipas paroquiais e vicariais de Pastoral Familiar que possam desenvolver acções quer para adolescentes e jovens, para os namorados e noivos, e para as famílias ao longo da vida, e nas situações difíceis. Como exemplos de acções possíveis, referiram a celebração do Dia do Pai, da Mãe, da Sagrada Família, a Semana da Vida, o Dia da Família, a celebração dos jubileus e dos aniversários do Matrimónio e do Baptismo.
O namoro como itinerário de fé
O padre José Augusto Rodrigues, director do Departamento da Pastoral Familiar, na sua intervenção, centrou-se de seguida na pastoral pré-matrimonial. Referiu a importância dos encontros do CPM, mas salientou que será necessário oferecer mais para anunciar a Boa Nova do namoro, para enquadrar o casamento num contexto vocacional, para os ajudar a descobrir o casamento como um sacramento, para que possam viver os afectos e a sexualidade num perspectiva cristã, se preparem para viver a paternidade responsável e pensem a educação que desejam para os filhos. «O tempo de namoro deverá ser um verdadeiro itinerário de fé», um tempo de crescimento e de responsabilidade, de vocação ao amor, um tempo de graça, um dom de Deus concedido aos namorados.
Por fim, partilharam a sua vivência como casal e experiência de ajuda a outros casais, pela participação numa equipa do CPM, o Tó Zé e a Paula, da paróquia dos Milagres. Referiram a importância que tem na sua vida a fé, a vivência e partilha em equipa e a revisão de vida, e apresentaram algumas situações em que se sentiram contribuir para que outros crescessem na relação entre si e com Deus.
Família: o património mais belo e valioso
A terminar o encontro, D. António Marto salientou que a família de cada um é o «património mais belo e valioso da humanidade», e por isso a necessidade de relançar a Pastoral Familiar. E concluiu com quatro notas. Primeira, grande parte de matrimónio joga-se na preparação, de descobrir o casamento como uma vocação e de viver a preparação como um tempo de graça. Segunda, a necessidade de reforçar a espiritualidade matrimonial e familiar, sendo fundamental a oração, reflexão e partilha em casal e família, referindo a oportunidade que é o Retiro Popular. Terceira, a necessidade de informação, de fazer chegar junto das pessoas aquilo que se faz, as acções que já existem no contexto da Pastoral Familiar, e também de trabalhar em rede entre as várias paróquias nas propostas formativas. Quarta, os grandes evangelizadores e anunciadores da Boa Nova do matrimónio e da família são os casais e famílias concretas, pelo que todos se devem sentir implicados nesta Pastoral.
Antes de concluir, as crianças, que tinham estado numa outra sala, vieram ter com todo o grupo para o momento final de oração. E cantaram duas músicas sobre a família, que acompanharam com gestos, para encanto dos seus pais e de todos os participantes. Seguiu-se um tempo de convívio à volta da mesa.
